No final do século XIX e início do XX, cabia à medicina social um lugar de destaque na tarefa de organizar o “caos urbano”, do qual a prostituição fazia parte. Meretrizes e doutores é um estudo sobre os textos médicos produzidos no Rio de Janeiro entre 1840 e 1980, revelando a implícita necessidade de se enquadrar em padrões burgueses os comportamentos sociais, afetivos e sexuais dos indivíduos que habitavam a cidade.
Esta transformação do corpo, do desejo e do prazer em objetivos, marcou o início da constituição de uma ciência sexual, que hoje se encarrega de impor os controvertidos limites da sexualidade sadia.
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