Poucas vezes, em toda a história da educação, um simples “método de alfabetização” deu margem a tanta discussão. Poucas vezes, também, um método, vinte anos depois de sua criação, continuou a gerar experiências com a vitalidade de seus primeiros tempos. Mais que um simples método de alfabetização, Paulo Freire criou uma prática pedagógica cujo embasamento político obrigou a própria educação a repensar-se e reconhecer em cada indivíduo um agente da história.
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, onde se formou em Psicologia na PUC. Desde cedo, envolveu-se ativamente na criação de movimentos e centros de cultura popular. Em 1967, ingressou como professor na vida universitária, primeiro em Brasília (UnB), depois em Goiânia (UFG) e finalmente em Campinas (Unicamp). Tornou-se antropólogo, primeiro por conta própria e depois, por meio de cursos na UnB e na USP. Dedica-se hoje a estudos, aulas e pesquisas de antropologia social, mas, desde 1963, participa do debate extrauniversitário dos movimentos e experiências de educação e cultura popular.
Escreveu diversas obras, entre as quais, pela editora Brasiliense: Educação popular, identidade e etnia, Pesquisa participante, Repensando a pesquisa participante e, pela coleção Primeiros Passos, O que é educação, O que é educação popular, O que é folclore e O que é método Paulo Freire.
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