Parte significativa do que é hoje a cultura brasileira, melhor, o Brasil, foi construída por negros e mestiços. É redutor pensarmos a nossa história e o nosso futuro sem uma reflexão sobre o significado dessa contribuição. Ao empreendê-la, contudo, corremos sempre o risco de contaminá-la com uma série de noções prévias acerca dos indivíduos de raça negra. A mulata faceira, o negro servil, o mulato indolente e outros tantos construtos ainda marcam presença no imaginário do brasileiro. A crítica e substituição desses conceitos passam por um conhecimento mais aprofundado sobre o modo como eles foram sendo forjados. Ao elaborar um mapeamento dos diversos tipos negros presentes em textos escritos entre 1584 e 1890, o autor pretende colaborar para esse necessário desvendamento.
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